A cor dos novos compradores compulsivos, a geração Z, vem sendo amplamente aplicada em inúmeros empreendimentos comerciais mundo afora. Da mesma forma como vimos o Millennial Pink com diversos tons espalhados por aí, o Amarelo da Geração Z vem recheado com uma gama enorme de cores.
Em meio a essa paleta, vemos o amarelo calêndula mostrando a sua cara, e com força. Muitas vezes alaranjado, mas predominantemente amarelo ouro, o calêndula representa não apenas um novo lifestyle, mas torna real e concreto os desejos de toda uma geração faminta por mostrar que é diferente das anteriores.
Primeiramente, pela ruptura entre a cor ideal para cada gênero, visto que esse é um tema em diversas rodas de discussão e que tende ao generalismo, ou seja, não mais se rotula essa ou aquela cor para cada grupo da sociedade.
“O resumo disso é: tudo pode, para todos.”
Podendo ser aplicado em múltiplos materiais, inclusive em todos do mesmo ambiente, os veludos amarelados voltam com força para simbolizar essa tendência, como se via no vestuário e no design das décadas de 1960 e 1970.
Hoje, elementos pontuais permitem flexibilizar a composição com esse tom, como almofadas dispostas em ambientes pretos ou acinzentados.
E por que o amarelo simboliza isso?
Primeiramente, por ser reconhecidamente uma cor que estimula as atividades do cérebro. Junto a isso entende-se que, em contraponto ao azul e o rosa, o amarelo é um meio-termo e que pode servir para qualquer pessoa, sem distinguir suas preferências.
Talvez aí resida a grande relevância desse tom para a geração Z, ou seja, exatamente a sua forma de pensar sobre o mundo, evitando conflitos históricos ou conexões com mundo antigos (dos seus pais, por exemplo).
Quando direcionamos o olhar para a arquitetura e o design de interiores, encontramos bons referenciais em projetos comerciais, onde o inovador visual merchandising se apropria de tons emblemáticos para traduzir, visualmente, o que é e será tendência hoje e amanhã.
Outra fonte de inspiração que correlaciona o amarelo às novas gerações é o uso intenso do Instagram como catálogo de retratos da vida das pessoas. Esse mundo extremamente visual que reflete muito mais que a realidade de cada cotidiano, mas sim a aspiração de uma vida melhor, mais gostosa de viver e de “sucesso” frequente, gera a necessidade de bons panos de fundo para retratar esses momentos.
Por isso, efetivamente, criar ambientes totalmente monocromáticos para contrastar com o ator principal da selfie, se torna cada vez mais uma estratégia vencedora para que ambientes de arquitetura e design sejam disseminados rapidamente.
Já para os entusiastas dos cenários menos efusivos e mais amenos, o amarelo pode ser a pincelada mágica para dar personalidade a ambientes que prezam pela neutralidade.
Pontos de cor posicionados na décor tornam possível a ornamentação sem exageros, imprimindo identidade em locais que claramente expressam o espírito alegre e descontraído dos usuários, sem a necessidade de inundar os espaços com o mesmo conceito.
Dito isso, projeta-se no amarelo, seja ele pontualmente no calêndula ou em qualquer outro tom dessa gama, a possibilidade de inserir vivacidade a qualquer espaço. O vigor da geração Z precisa de um expoente que seja o protagonista de de sua trajetória diária, ignorando rótulos antigos e abraçando as mais diversificadas formas de viver.
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