Arquitetura na Era da realidade: a escolha do notebook correto pode ajudar o profissional a melhorar a experiência do cliente na apresentação do projeto.
Em meio a tantas opções no mercado e diversas nomenclaturas de componentes é difícil saber qual é a melhor opção na hora de adquirir um notebook que comporte e atenda aos softwares e projetos de arquitetura. Então, por onde começar?
O fato é que máquinas bonitas e caras não são sinônimo de equipamentos eficientes, embora um belo design seja extremamente convidativo.
Hoje as maquetes eletrônicas exigem um nível de perfeição muito próximo da realidade, pois há muitos clientes que querem, nos projetos digitais, ter a sensação da textura, transparência, luzes, entre outras características, como se estivessem realmente dentro do cenário final. Para chegar neste grau de realidade, os arquitetos têm procurado por softwares que entregam essa experiência, mas para isso, necessitam de uma máquina que comporte tal demanda.
Com o advento do 5G em discussão no cenário nacional, acredito que fomentará, em um futuro próximo, a entrada de novas aplicações que exigirão equipamentos com ainda mais alto desempenho.
Tipo essa imagem (abaixo) feita no Lumion 10.
No entanto, o presente exige o melhor e os arquitetos têm se preocupado ainda mais em melhorar a experiência dos clientes, envolvendo-os de uma forma mais sensitiva, uma experiência real capaz de provocar imaginações, transferir cheiros e causar desejo de chegar ao projeto final.
Para ajudá-los nesse desafio, relacionei algumas especificações técnicas importantes que um notebook precisa ter para garantir mais agilidade na execução que os projetos arquitetônicos demandam. Confiram abaixo:
Agilidade: como escolher o melhor processador?
O processador é um dos componentes mais importantes na hora de começar a procurar a configuração ideal para o notebook. Ele é o responsável por calcular e processar os dados dos softwares, isso quer dizer que é ele que vai dar agilidade nos seus trabalhos dentro dos aplicativos utilizados, além de ser o grande responsável pela renderização de seus projetos. Então, quanto melhor, mais rápido será a finalização do seu trabalho. Existem vários modelos de processadores disponíveis no mercado e o tipo mais indicado para uso na arquitetura de maneira geral, como o Intel Core Série H, um dos mais potentes disponíveis para notebooks. Possui um H no final da sua nomenclatura, por exemplo Intel Core i7-9750H. É necessário ficar atento também na geração do processador, hoje, os mais atuais da série H são a nona geração e, em breve, será lançada a décima. Importante ressaltar que processadores de gerações antigas têm uma capacidade de processamento inferior.
Realidade: agora é a vez da placa de vídeo
A placa de vídeo é responsável pela transmissão de suas ações para a tela, é por meio dela que as imagens se tornam visíveis no monitor. Isso quer dizer que é ela que faz com que seja possível visualizar seu projeto no computador. Quanto melhor a placa de vídeo, mais elementos realistas você terá disponível para trabalhar, como luz, sombra, texturas e reflexos.
As placas de vídeo mais robustas e que são mais indicadas para o tipo de trabalho de um arquiteto, possuem uma memória interna dedicada apenas para realizar suas funções, isso dá maior agilidade a placa e também ao computador em geral já que evita utilizar a memória RAM.
No ano de 2019, a Nvidia – fabricante de placas de vídeo – lançou uma linha de produtos chamada Nvidia GeForce RTX. São placas de vídeo com configuração técnica a partir de 6GB, que prometem uma melhor renderização dos elementos como texturas, sombra e luz.
Nitidez: fique de olho na tela
Uma boa resolução de tela e cor são fundamentais para o trabalho de um arquiteto, pois demanda um nível alto de detalhamento. Para isso é essencial focar em uma resolução de alta performance da tela, pelo menos uma Full HD (1920 x 1080) que caracteriza a quantidade de pixel no monitor. É importante também ver o nível de brilho que é medido em “nits”, ou seja, quantos mais nits maior é a capacidade de iluminação. Por último um valor que deve ser considerado na escolha da tela é a gama de cor, ela pode ser medida em sRGB. Assim, quanto mais próxima dos 100% melhor, já que abaixo deste valor a imagem fica opaca e acima saturada.
Travar a tela: hora de falar do armazenamento
Hoje existem muitas opções de armazenamento diferentes, como HD que seria o disco rígido, a opção mais barata para grandes capacidades. Porém, a opção mais lenta de armazenamento na hora de salvar ou passar arquivos pode demorar mais que o comum (é uma boa opção para utilizar como backup). Também existe o SSD, componente eletrônico e possui um bom custo benefício pelo preço e agilidade na transferência dos dados. Ele possui uma variação chamada SSD NVMe em que de algumas marcas podem transferir dados até 3000 mb/s, enquanto um SSD comum fica em torno dos 500mb/s e um HD em 120mb/s. A capacidade de armazenamento deles depende da demanda do arquiteto, porém o indicado é, no mínimo, um HD de 512GB já os arquivos estão cada vez maiores, tanto de imagem quanto dos programas utilizados.
Por mais que agregue um investimento maior na compra é importante lembrar que o acréscimo de armazenamento maior é essencial para o bom andamento do trabalho, a fim de evitar travamentos, já que tudo que será usado será gravado no HD/SSD. Ele pode, inclusive, ser um fator limitante na configuração. Mesmo tendo uma configuração alta de processador e placa de vídeo, se for com um HD comum o sistema não entregará 100% da performance.
Acesso ágil aos projetos: memória RAM
A memória RAM é a responsável por permitir o acesso aos arquivos e fazer sua leitura quando requisitados. Por exemplo, ao abrir o AutoCAD ou o Revit, o sistema será carregado na memória do aparelho e alocado na memória RAM, o que possibilita um acesso mais veloz em parceria com o processador. Portanto, quanto maior for a RAM, mais informações poderão ser disponibilizadas para o processador sem que se faça uso da memória interna do notebook. Esse processo de acessar a memória interna é muito mais lento do que acessar os dados na RAM, gerando impacto direto na produtividade do arquiteto. Nesse caso, deve apresentar no mínimo 8GB de RAM, mas quanto mais, melhor.
Saídas no notebook: sistemas auxiliares
Tem vários outros sistemas que talvez não sejam tão falados quanto os componentes citados anteriormente, porém podem fazer a diferença na usabilidade do notebook, como o cooler, que faz o resfriamento dos componentes internos e evita o superaquecimento. É interessante ter pelo menos um cooler para o processador e outro para placa de vídeo. Teclado retro iluminado, por exemplo, é muito considerado na hora da compra, já que facilita a visualização das teclas, principalmente, quando for trabalhar à noite. Porém outros pontos também devem ser avaliados, como quantidade de saídas como o HDMI, USB de todos os tipos, leitor de cartão de memória, saída de áudio, microfone, entre outros. Com diversas saídas é possível conectar um monitor externo ao mesmo tempo que conecta mouse, celular, fotos do MicroSD e assim por diante.
Enfim o design!
Por último e não menos importante, o design do notebook é um importante requisito. O arquiteto pela profissão é muito influenciado pela estética (cores e formatos), mas neste momento da profissão, com as saídas do escritórios, visitas aos clientes e tarefas home office, notebooks leves e compactos são super recomendado.
Maiores informações: Avell
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